Rory's story cubes
1o. De agosto de 2014
Casa do Alé, Rio de Janeiro
Era uma vez uma criança cheia de idéias, muito criativa, adorava recitar quadrinhas que ia aprendendo, como:
Batatinha quando nasce
Espalha rama pelo chão
A menina quando dorme
Põe a mão no coração.
Ou ainda:
Menina bonita
Não coma jiló
Jiló é veneno
Matou sua avó...
ou seria, que matou minha avó?
Agora não vou saber, só pesquisando para confirmar.
Mas para nossa história isso não tem muita importância.
A menina - pois de uma menina se tratava - também gostava muito de inventar canções.
Nem sempre eram canções, mais freqüentemente eram improvisos musicais, melodias que ia emendando, com lá-lá-las ou com alguma letra, buscando rimas fáceis, ou inventando palavras quando não as encontrava.
Havia ainda a possibilidade de ir cantando os jingles de que se lembrava, como, "pílulas de vida, do dr. Ross, fazem bem ao fígado de todos nós".
Quando ela começava a cantarolar já ninguém podia saber aonde ou quando iria parar.
Era como se tivesse uma varinha mágica com a qual fazia seus desejos e ela os ia realizando à medida que ia atirando estrelinhas pelo ar. Uma lindeza de ver!
Teve o dia em que seu avô veio de visita, com seu terno de linho branco, camisa de listrinhas azul-e-brancas, uma gravata azul escuro, mole como um laço, e aquela bengala com castão de prata, que não o abandonava.
Quando entrou e viu a neta tão crescida, quase uma senhorita, não conseguia parar de olhar para a linda figurinha, por mais que o chamassem os demais.
Deixou-se ficar a olhar, e ficou pensando, e pensando. Na verdade, estava mesmo era repassando as várias imagens anteriores, capturando registros antigos.
Minha nossa! Parece que foi ontem que fomos ver o bebê no berçário!
Ou ainda que a levamos à igreja para o batizado...
- "Querida, um abraço gostoso aqui no vovô, cheio de saudade!"
sábado, agosto 02, 2014
Assinar:
Postagens (Atom)