quinta-feira, outubro 13, 2011
Rapsódia Húngara #2, por Tom & Jerry
Biscoito fino, com 65 anos!
terça-feira, outubro 04, 2011
Ernesto Neto inaugura o Faena Arts Center, para quem puder dar uma esticadinha até BA
O espetáculo do local já vale a viagem. Conheça o Faena Arts Center: http://www.faenaartscenter.org/
Para ficar tentado...
Olafur Eliasson e Seu corpo da obra
Saiba mais: http://migre.me/5PH0j
Em nome dos artistas - é hora de ver Jeff Koons, Damien Hirst et al.
Vale a pena conferir ou conhecer a obra dos artistas na era do espetáculo. A crítica cultural Gisele Kato, em matéria da Bravo! deste mês, alinhou os 7 Mandamentos da Arte, a saber:
1. AMARÁS O MERCADO SOBRE TODAS AS COISAS
2. NÃO PRECISARÁS DOMINAR A TÉCNICA
3. APRENDERÁS A FALAR SOBRE TEU TRABALHO
4. PERTENCERÁS A UMA GALERIA
5. PARTICIPARÁS DE FEIRAS DE ARTE
6. CONHECERÁS CURADORES
7. VIVERÁS COMO UMA CELEBRIDADE.
terça-feira, setembro 20, 2011
segunda-feira, setembro 19, 2011
Huis clos adaptation parcial por alumnos del ILSE
Adaptación parcial de la obra "Huis Clos", de Jean-Paul Sartre
Alumnos de 5to año 4ta división del ILSE, turno TARDE: Araujo, Bertuzzi, Chueke, Consiglio, Manzioni y Memelsdorff
Asignatura: Literatura Francesa
Docente: Alicia Molina
Players' Theatre presents: Drunk Theatre - No Exit
No exit
domingo, setembro 18, 2011
Huis clos - o inferno são os outros
huis clos
Terça-feira, 6 de Setembro de 2011
texto Jean-Paul Sartre tradução mala voadora direcção Jorge Andrade com Anabela Almeida, Bernardo de Almeida, Jorge Andrade e Sílvia Filipe cenografia José Capela luz João d’Almeida
sinopse
Huis Clos (À porta fechada), peça do existencialista Jean-Paul Sartre, trata da necessidade que cada indivíduo tem do “outro” para o reconhecimento social da sua própria identidade. Sartre imagina o encontro de um triângulo de indivíduos circularmente inconciliáveis que, a pouco e pouco, se apercebem que estão condenados a conviver eternamente, no desespero de tentar conseguir encontrar nos outros uma confirmação das suas próprias qualidades. Morreram e este é o inferno a que estão condenados. “O inferno são os outros”, escreve Sartre. Do ponto de vista teatral, e em consonância com o tema do texto, pretende especular-se sobre a ideia de contracena e testar alguns dos seus limites.
pressupostos
cena 1 Como num hotel, Garcin é conduzido por um empregado a um salão de estilo “Segundo Império”, do qual não poderá voltar a sair. Espanta-se com a aparência do salão, que em nada corresponde à ideia que havia feito de inferno.
cena 2 Depois do empregado sair, Garcin afunda-se numa crise de desespero.
cena 3 O empregado regressa acompanhando Inês que toma Garcin por carrasco. Uma vez a sós, não tarda que ambos se revelem reciprocamente incompatíveis.
cena 4 Entra outra mulher: Estela. Como se apenas ali passasse de visita, mantém uma conversa despreocupada e mundana. O empregado previne o trio que não chegará mais ninguém.
cena 5 As três personagens interrogam-se sobre as razões, aparentemente incompreensíveis, que motivaram a sua reunião no inferno. Instigados por Inês, resolvem avaliar as suas faltas, do que resulta o reconhecimento por parte de todos – e por pressão dos outros – da sua comum condição de assassinos. Tentam estabelecer um pacto de compreensão e inter-ajuda, sem êxito. A fuga à consciência não é possível. Um indivíduo não é senão o somatório dos seus actos.
Assim se estrutura Huis Clos, com quatro personagens e um só acto, dividido em cinco cenas. A acção tem lugar no “inferno”, um lugar para além do tempo e do espaço, o lugar onde, após a sua morte, Garcin, Inês e Estela são condenados a sofrer a sua condenação: o reflexo das suas consciências na eterna presença dos outros.
Surgidas em tempo de guerra, Huis Clos (À Porta Fechada) escrita em 1944, como Les Mouches (As Moscas) escrita em 1943, são as primeiras grandes peças de teatro de Sartre e condensam os três temas fundamentais da obra filosófica e dramatúrgica do autor: a responsabilidade, o compromisso político e (como raiz última das anteriores) a liberdade de escolha e de acção.
Vive-se em situações concretas, em contextos cuja especificidade – que inclui os outros – serve de suporte à determinação da escolha. A razão própria não é auto-suficiente e pode até não ser mais do que o apaziguamento auto-complacente da consciência. A capacidade de julgar tem esta implicação: julgamos os outros do mesmo modo que os outros nos julgam a nós, e os outros são a incómoda medida dos nossos actos. (Não há espelhos no salão em que decorre a acção de Huis Clos. Não é oferecida a possibilidade de cada personagem se ver a si própria ou, num sentido alargado, de construir sozinha uma imagem de si própria.) Sendo este pressuposto uma característica da obra de Sartre, o seu teatro é feito, mais de situações do que de caracteres. É em função das circunstâncias que as personagens se vão definindo, não possuindo características absolutas (atributo estabilizado que define o carácter). Deste ponto de vista, a obra teatral de Sartre situa-se na linha dramatúrgica que parte de Strindberg: o debate entre Estela, Inês e Garcin, em Huis Clos, terá começado já em 1889, entre as personagens de Credores: Adolfo, Gustavo e Tekla (o primeiro espectáculo da mala voadora, estreado em Maio de 2003).
concretização do projecto
O método a adoptar para a concepção do espectáculo é o da mais tradicional encenação, ou seja, da criação de uma dramaturgia com base numa “peça de teatro” e nos matizes interpretativos e poéticos desenvolvidos em torno desse texto (ou paralelamente a ele). Tendo em consideração que o tema da peça é a nossa dependência dos outros para o reconhecimento social das nossas características, pretende-se explorar dois tipos diferentes de interlocução: a contracena entre os actores e a interlocução directa com o público. Neste sentido, serão experimentados diversos níveis de isolamento dos actores uns em relação aos outros, bem como dos efeitos que podem resultar do desconhecimento por parte de cada um do tom de interpretação utilizado pelos outros (com quem supostamente estariam a contracenar).fonte: http://malavoadora-huisclos.blogspot.com/
In the presence of - Yes em agradecimento ao Ju...
Deeper than every ocean
Deeper than every river
That's what your presence brings to me
Revealing the words I listen
Seeing you in my silence
Learning I'm with you constantly
As I was before
If we were flowers
We would worship the sun
So why not now?
This high is shining brightly
Brighter than before
As the door was open wide
There inside was a diamond chair
Where I sat when I was young
I wrote down the words
Only when the young at heart
Can enter the real world
This chance I've waited for
For you to see
If I had chances I would spend them with you
To hold you close and let your love surround me
Deeper than before
(Deeper than every ocean)
And I know this love is real
(Deeper than every river)
Realize this is meant to be
That's what your eyes they say to me
You are listening to how I feel
So expectedly
(Brighter than every morning)
From the ocean to the sky
(Beautiful as the sunset)
Every river to the sea
Nature surrounds me constantly
We can hear love constantly
This is for you and me
Turn around and come deeper now
So what happens when I touch you there
You feel the words roll over you
Thinking of the better scenes
The memories
As everybody else just
Hasn't got the time
To help you anymore
'Cause if the reason for
The things that pleasure us
To please ourselves
Not pressure us
To give our ego
Some pleasure time
Can you imagine
Any reason
To know you're only fooling yourself
And then you'll understand why
You'll understand why
So if we choose to realize
All existence is a dream
This perfect resume to you
From me
Just had a tough time with magic
The death of ego
The moon
It was just coming through
Send me such a good time
In a letter form, tell me
The pleasure, no pressure
Pure imagination in a metaphoric dream
I get amazed like a true beginner
I get amazed like a true believer
I get amazed when I see you there
And I come alive
I believe I'm a true beginner
I believe I'm a true beginner
In your arms I can see it all
I can see it all
If we were flowers
We would worship the sun
So why not now?
This light is burning brightly
This light is burning brightly
Brighter than before
Brighter than before
Brighter than before
Brighter than before
Turn around and remember that
When it gets so low
As you finally hit the ground
Turn around and remember that
Now I'm standing tall
Standing on my sacred ground
Turn around and remember that
When it gets so low
As you finally hit the ground
Turn around and remember that
Now you're standing tall
Standing on sacred ground
Standing on sacred ground
Standing on sacred ground
domingo, junho 26, 2011
Humano: másculo e protetor, feminino e submisso, por Patti Smith
[...] O menino que eu conhecera era tímido e pouco articulado. Gostava de ser pego, levado pela mão e de se entregar completamente a um novo mundo. Era másculo e protetor, mesmo sendo feminino e submisso. Meticuloso em seu modo de se vestir e se portar, era também capaz de um caos assustador em seu trabalho. Seus mundos particulares eram solitários e perigosos, ansiosos por liberdade, êxtase e desprendimento."
Patti Smith, só garotos - São Paulo: Companhia das Letras - tradução Alexandre Barbosa de Souza - 1a. reimpressão 2011 p. 63
segunda-feira, janeiro 03, 2011
Le Scénario Freud
" A idéia básica, a de Freud aventureiro, é minha. Eu queria me concentrar nesse episódio à maneira de uma história policial", dirá mais tarde Huston (entrevista a Robert Benayoun, Positif no. 70, junho de 1965).
[...] No fim de 1958 Sartre envia a Huston uma sinopse intitulada simplesmente Freud, 95 páginas datilografadas em espaço dois. Esse "primeiro trabalho", com data de 15 de dezembro, é aceito. No ano seguinte, ele escreve o roteiro. [...] Finalmente, o roteiro será consideravelmente reduzido e transformado por profissionais do cinema, Charles Kaufmann e Wolfgang Reinhardt, e Sartre exigirá que seu nome não figure nos créditos.
[...] Na história desse roteiro, podemos reconhecer um comportamento habitual de Sartre. De início, uma simples encomenda. Depois o trabalho começa. Um trabalho de que ele se apropria, alegremente, e que se apropria dele, mas antes como um jogo, um desafio, do que como uma obra. Nenhuma preocupação realística de medida: se o roteiro original tivesse sido aceito sem alteração, teria dado um filme de cerca de sete horas. Por fim, renúncia voluntária a todo direito de "paternidade" e desinteresse total pelo resultado final: Sartre terá pelo menos visto o filme?
[...] Quais foram as fontes de Sartre?
Exatamente em 1958, é publicado em tradução francesa o primeiro volume da grande biografia de Freud escrita por Ernst Jones - volume que trata do período que interessa a Huston e a Sartre, o que se refere ao "jovem Freud" e que termina com a publicação, consecutiva à morte do pai, de A interpretação dos sonhos. Dois anos antes, tinham sido publicadas, sob o título O nascimento da psicanálise, as cartas recém-descobertas de Freud a Wilhelm Fliess e os manuscritos anexados à correspondência, que constituíram, mesmo para os especialistas, uma revelação.
[...] Não há a menor dúvida de que essas leituras transformaram radicalmente a imagem que Sartre fazia de Freud. [...] Faziam da psicanálise o produto de um longo trabalho empreendido sobre si mesmo e sobretudo - o que tinha muito mais valor aos olhos de Sartre - contra si mesmo, com avanços, impasses, recuos. Em suma, essas leituras permitiram a Sartre ver, na sucessão das hipóteses formuladas, na modificação às vezes drástica da teoria (basta lembrar o abandono da teoria da sedução), algo inteiramente diferente de um exercício puramente intelectual ou do resultado empírico de uma recensão minuciosa dos fatos: tratava-se antes do próprio movimento de uma cura de que Freud, assim como os neuróticos que ele tratava como podia, e somente como podia, era o objeto. Freud, médico doente, teria quase a contragosto descoberto a psicanálise - ao mesmo tempo o método e seus objetos - para curar a si mesmo, para resolver os próprios conflitos. O Freud revelado a Sartre naquele ano prenuncia o seu O idiota da família: neurose e criação são interligadas, e o são porque a neurose já é uma criação, mas privada, e privada de sentido para seu autor porque escrita numa língua cuja chave ele não possui.
Neurose e criação: tema de dissertação na medida em que opomos entidades, mas caminho a ser sempre reaberto em seu "universal singular", caminho que Sartre sempre reabriu, de Baudelaire a Flaubert, passando por Saint Genet e As palavras.
J.B. Pontalis, prefácio a Freud além da alma, Jean-Paul Sartre Rio de Janeiro: Nova Fronteira 2005 p. 7-15